Minimizar os efeitos da estiagem no Ceará. Com este pensamento, a Petrobras anunciou que vai investir R$ 29 milhões nos próximos 12 meses para a construção de 2.916 cisternas, barreiros e barragens de captação e armazenamento de água no estado.
A medida faz parte do Programa Uma Terra, Duas Águas [P1 + 2] e visa beneficiar o Ceará e toda a região do semiárido brasileiro com 20 mil cisternas, incluindo estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba, além do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
No território cearense, a estimativa é de que sejam construídas 1.457 cisternas calçadão, 942 cisternas de enxurrada, 39 barreiro trincheira e 478 barragens subterrâneas nos municípios de Aracoiaba, Canindé, Ocara, Ibiapina, Guaraciaba do Norte, Ubajara, Pedra Branca, Piquet Carneiro, Mombaça, Quixeramobim, Quixadá, Senador Pompeu, Tabuleiro do Norte, Palhano, Aracati, Tauá, Catunda, Ararendá, Sobral, Massapê, Alcântaras, Itapipoca, Apuiarés, Miraíma, Icó, Saboeiro, Cariús, Salitre, Araripe e Potengi.
O desenvolvimento do programa fica a cargo da Associação Um Milhão de Cisternas Rurais para o Semiárido Brasileiro [AP1MC], organização vinculada à Articulação Semiárido Brasileiro [ASA]. Para a execução do projeto serão capacitados 1.300 pedreiros em técnicas de construção destinadas à captação de água de chuva.
Também está prevista a construção de locais para armazenamento de sementes e viveiros de mudas. Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla cujo objetivo é apoiar a articulação, o fortalecimento e a emancipação da sociedade civil por meio da capacitação para o manejo sustentável da terra e das águas.
A Petrobras informou que, na escolha das famílias que receberão os sistemas, será dada prioridade àquelas que têm renda per capita familiar de até meio salário mínimo, localizadas na zona rural, com crianças de até seis anos ou com crianças e adolescentes matriculados e frequentando a escola.
Também serão consideradas famílias que tenham adultos com idade igual ou superior a 65 anos, deficientes físicos ou mentais e que tenham mulheres como chefes de família. Entre as condições técnicas, serão analisados aspectos relacionados à área disponível, características geológicas e de solos.
* Com informações do Tribuna do Ceará