Icó 2013: A Fênix

Um bom dia aos meus diletos conterrâneos. É com muito prazer e uma satisfação imensurável, que volto a reporta-me aos meus conterrâneos, depois de três anos de silêncio voluntário, em relação ao nosso querido torrão – o Icó. Aproveito o ensejo para desejar a todos os icoenses, um Ano de 2013, cheio de paz, saúde, felicidades e realizações.

O texto que hoje decidi escrever aos nobres conterrâneos, não será naquele estilo utópico ou até mesmo delirante; será um texto centrado na realidade pela qual passa a nossa cidade.

Um momento de expectativas de melhores dias, de mais sorte com os novos administradores, de mais criação de emprego e renda para as famílias mais necessitadas e perspectivas de um futuro melhor para os nossos jovens. 

Que o tão sonhado desenvolvimento econômico, do qual tanto precisa a nossa cidade, realmente chegue com os novos gestores, em passos galopantes do delirante “cavalo alado do desenvolvimento” que sempre clamei outrora em meus textos utópicos. 

Sei que assim como a campanha eleitoral foi difícil, mais difícil será em apenas quatro anos consertar todos os problemas de uma cidade abandonada há anos, mas o desejo de mudança desse povo, dará forças aos novos ocupante do Palácio da Alforria; para que busquem melhorias em vários seguimentos, federal, estadual, empresas privadas; contanto que as melhorias cheguem, e rápido. 

Que a população também dê a sua contribuição, pois as mudanças sempre deixam insatisfações. Uma das principais mudanças pela qual deve passar a nossa cidade, será o fim do vicioso emprego através do padrinho político. Esse carma será a maior dificuldade de qualquer gestor, não só do Icó, mas de todos os municípios do Brasil. É uma pena que esse vício tão nefasto à gestão pública, ainda persista em pleno Século XXI, atrapalhando os bons gestores a desenvolverem suas administrações de forma imparcial e benéfica a toda população.

Não nascemos para o isolamento egoísta, mas para a comunhão de vidas, de sentimentos, de ideais. Daí porque a pessoa humana tende ao comunitário, à convivência, à partilha. E um dos espaços mais nobres do aprendizado e vivência dessa vocação humana é o mundo da política. Aproveito, assim, este período de renovação administrativa, para deixar uma pequena palavra sobre a política e sua importância na vida de qualquer cidadão.

Causa-me estranheza e considero uma afronta à cidadania quando escuto alguém dizer que política é coisa “suja” e que todos os políticos são desonestos e corruptos. Isso não é verdade, e passar tamanho desatino aos nossos jovens em período de formação é comprometer a qualidade de vida e o futuro do nosso povo e da nossa Nação. 

Disse o Papa Paulo VI: “A política é uma das mais altas expressões da caridade cristã”. E aqui se entenda caridade não como esmola, mas sobretudo, como lugar de promoção de vida e do bem comum. É pela ação política que buscamos o bem comum, construindo um mundo de respeito por todas as pessoas, uma sociedade justa, fraterna e o bem-estar social de toda a população.

Certamente temos e conhecemos maus e corruptos políticos, do mesmo modo que encontramos nas nossas famílias e em todos os seguimentos da sociedade, mas também sabemos que a lama por si mesma termina na sarjeta, assim, a vitória não será da corrupção, mas dos homens e mulheres dignos e honestos que temos também no mundo da política.

Neste momento em nos movimentamos para a próxima administração, busquemos um maior compromisso com a política, buscando dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus, isto é, julgando com honestidade e imparcialidade os novos administradores, e fazendo do seu voto um valioso instrumento de mudança, cobrança, fiscalização e de serviço ao bem comum.

Temos, o dever de participar do processo administrativo de nossa cidade, com disposição cidadã, fazendo valer a nossa fé na construção de uma cidade mais justa, onde não tenhamos oprimidos nem opressores, marginalizados, empobrecidos, roubados e jogados à própria sorte, mas uma cidade, casa de irmãos, cidadãos do mesmo valor. E isto se constrói pela política!

Valorizemos o nosso voto, analisando nossos gestores no seu passado e no seu presente. Avaliemos seus propósitos e propostas e não nos deixemos enganar pelas falsas promessas que apenas iludem e depois matam a esperança da nossa gente.

Pensemos no Icó! Ele merece o melhor em todas as suas esferas. Precisa continuar sendo a “Princesa do Sertão”, e que seja como a esperança nunca morra.