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Roberto Mesquita mostra preocupação com a seca no Vale do Curu

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Durante o primeiro expediente da sessão plenária da última sexta-feira [28], o deputado Roberto Mesquita [PV] se solidarizou com os produtores rurais da região do Vale do Curu, que podem ficar sem água para garantir a manutenção da agricultura. 

O parlamentar visitou o município de Pentecoste, onde acompanhou uma reunião entre a Cagece e os agricultores. 

“Os açudes da região estão quase no nível morto e a prioridade, é claro, será o consumo humano, e aqueles produtores estão vendo a possibilidade de terem as bombas desligadas e ficarão sem produzir”, pontuou.

Segundo a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos [Cogerh], o açude Pentecoste, maior da bacia do rio Curu, está com apenas 3,88% da sua capacidade; o General Sampaio com 8,54% e o Caxitoré com 9,68%. Ao todo, 300 mil pessoas sofrem com a seca no Vale do Curu. “Temos um vale que só é produtivo agora graças às técnicas de irrigação, e essas pessoas estão vendo a possibilidade de terem suas culturas destruídas pela falta de água”, frisou.

O parlamentar pretende solicitar uma audiência pública para discutir o assunto. “Vou entrar com o pedido de uma audiência e convido a todos os deputados para estarem comigo no Vale do Curu discutindo o que poderá ser feito”, informou. Roberto Mesquita acredita que a água modificou a vida na região e a irrigação possibilitou a fixação do homem no campo. “Tem um cunho social indiscutível. O homem plantando consegue emprego e renda, e ainda impacta positivamente nos preços da cesta básica”, ressaltou.

O deputado comparou o dinheiro investido nas obras de infraestrutura para a realização da Copa de 2014 com o que poderia ter sido gasto na melhoria de vida dos cearenses e no combate à seca. “São R$ 40 bilhões gastos com a Copa e existem soluções e tecnologia para que a estiagem não afete tanto o povo, e nós sofremos como sofríamos há um século”, disse ele.

Roberto Mesquita ainda criticou a falta de uma política antecipada, já que a seca tinha sido prevista pelos institutos especializados no assunto. “Há mais de dez anos sabíamos dessa estiagem agora, entre 2012, 2013 e 2014. A seca não é culpa do governador, mas ele não poderia confiar apenas na transposição do rio São Francisco, que ainda não aconteceu”, enfatizou.

Em aparte, o deputado Heitor Férrer [PDT] citou o baixo nível dos açudes cearenses e o colapso no abastecimento de água. “Estamos falando no abastecimento humano, o que prova que o governador fracassou também nessa área de recursos hídricos”, criticou.

O deputado João Jaime [DEM] pontuou as promessas eleitoreiras para resolver o problema da estiagem. “Basta ser ano de eleição para assinarem ordem de serviço. A água do São Francisco ainda está longe de chegar ao Ceará. O PT é um cheque pré-datado sempre prorrogado!”, frisou.


* Com informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

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